Mídia Esporte Entrevista: Eduardo Costa

Por Otto Rezende

Administrador e editor do Mídia Esporte

O entrevistado de hoje é um dos oito participantes do reality show "O Narrador", da TV Esporte Interativo, Eduardo Costa, que chegou as semifinais e perdeu para Rafael Araldi, que foi vencedor do programa e é o novo narrador da emissora. De antemão, agradeço ao Eduardo, que nos concedeu essa entrevista tão agradável, e foi muito atencioso para conosco. E o parabenizo pela atuação no Narrador. Espero que vocês gostem da entrevista, e em breve teremos mais.

Mídia Esporte: Primeiramente conte-nos o que você faz profissionalmente. Já trabalhou com narração ou algo envolvendo a mídia esportiva?
Eduardo Costa: Profissionalmente nunca trabalhei, essa participação no Narrador do Esporte Interativo foi minha primeira experiência na área. Eu narro em casa de forma amadora, faço transmissões com alguns dois amigos via Skype (o Felipe Nogueira que mora em Guaçuí - ES e o Thomaz Santos que é de Cuiabá – MT) e com meu irmão o Victor Costa. Essas narrações eu faço e divulgo no meu blog e no Youtube.

ME: Nos conte um pouco sobre como se inscreveu para "O Narrador". Através do que ou de quem você descobriu que o Esporte Interativo estava interessado por um novo narrador?
EC: Eu sempre acompanhei o canal e fiquei sabendo pelas chamadas que passavam na programação. No ínicio eu não pensava em me inscrever, mas meu irmão e meus amigos foram os que me apoiaram e sugeriram minha participação no programa. Eu gravei o vídeo de inscrição numa madrugada sem quem meus pais soubessem e enviei, mas nunca imaginei que seria chamado. (risos)

ME: Quando o Esporte Interativo revelou que você foi um dos oito selecionados para participar do Narrador, qual foi a sua reação? Você realmente acreditava que poderia participar desse reality show?

EC: Eu enviei o vídeo sem acreditar que poderia ir até o Rio de Janeiro, mas quando recebi a ligação do Fábio Madeiros numa quinta feira depois do almoço, onde ele me falou que meu vídeo tinha sido selecionado para entra no programa que seria gravado as 14 horas daquele dia, já comecei a acreditar. Quando ligaram pra eu entra no ar com o André, o Fábio e o Danieli, os jurados do programa, eu fiquei muito nervoso e nem acreditei quando eles falaram que iria pro Rio de Janeiro participar do programa. Foi uma alegria inexplicável porque eu estava realizando um sonho de ir até o Rio conhecer toda a galera da TV que sou fã.

ME: Como foi ir para o Rio de Janeiro, passando quase um mês fora, longe de Uruguaiana, sua cidade natal? A sua família te apoiou nessa empreitada tão difícil?
EC: Eu nunca tinha ficado mais que cinco dias fora de casa, imagina um mês. Quando contei pra minha família que eu tinha me classificado todos me apoiaram e ficaram muito felizes por eu ter consigo algo que sempre sonhei, conhecer o Rio de Janeiro e, além disso, poder correr atrás do meu sonho dentro do canal que sou fã.

ME: Gostaria de saber como era a sua relação com os outros participantes. Esse confinamento de tanto tempo fez você criar amizades com eles? E com quem você adquiriu uma maior afinidade na casa?
EC: Já no primeiro encontro que tivemos deu pra sentir que a convivência seria muito boa com todos os participantes. Todos foram com a vontade de ganhar o programa, mas em nenhum momento senti um clima de rivalidade, pelo contrário, todos se ajudavam e cada um fazia o seu trabalho.

Esse tempo que estive lá fiz amizade com todos os participantes e a cada eliminação eu ficava muito triste, pois era um amigo que partia.

Enquanto a afinidade, acho que por ter convivido um tempo maior com o Araldi, Vianna e Bianchi, foram os que mais tive mais afinidade, mas fiquei muito amigo do Trilha, que tem um futuro brilhante na narração esportiva, o Zé Carlos fiquei muito triste pela saída dele do programa, o Mainini me ajudou muito na minha primeira narração e o Alessandro deixou saudades e se mostrou um grande amigo também.

ME: Como você se preparava para as narrações nas provas de "O Narrador"? Você teve alguma orientação, uma preparação igual a de um narrador profissional?
EC: Quando eu ficava sabendo da partida que eu ia narrar, eu buscava o maior número de informações possíveis pra chegar no dia da transmissão preparado pra fazer a melhor transmissão da minha vida. Se eu tinha duvida ia buscar com os produtores da TV que sabem muito e davam um auxilio muito importante para todos nós.

A preparação que a gente tinha para os jogos era semelhante aos que os narradores do Esporte Interativo fazem durante a temporada, ou seja, podemos falar que a preparação era como a de um profissional.

ME: Na primeira disputa, você enfrentou Rafael Mainini. Como foi a ansiedade da estreia, e o que você acha que foi o diferencial para vencê-lo?
EC: Eu fiquei muito ansioso nos dias que antecederam o dia da eliminação. Ele é um garnde narrador, com experiência e quando saiu ele no sorteio como meu adversário, achei que eu dificilmente passava. É difícil achar um diferencial por que nós dois fizemos uma grande transmissão e o publico escolheu o que entendeu e julgou melhor.

ME: Já no segundo duelo contra Rafael Araldi, você alegou problemas estomacais como fator da sua atuação, e conseqüentemente da eliminação. Eu não consegui entender muito bem, então nos esclareça o que foi que realmente aconteceu com você na sua narração. Em quais pontos você errou?
EC: Eu sabia que seria difícil o confronto com o Araldi, por que ele é um excelente narrador e, além disso, eu estava a 4 dias com problemas estomacais, com cólicas constantes.

Isso me atrapalhou muito porque não pude me preparar bem para o jogo, minha concentração não foi a mesma da transmissão anterior e por conseqüência não pude fazer o melhor de min. Mas quero deixar claro que esse fato não tire o mérito da vitoria do Araldi que narrou muito bem e me ajudou muito naquela transmissão.

ME: Você assisitiu ao programa deste domingo, 2 de agosto, a vitória de Rafael Araldi como novo narrador do Esporte Interativo? Para você, ele realmente mereceu vencer o Rodrigo Vianna? E você acha que Araldi fará um bom trabalho na emissora?
EC: Assisti sim, e tenho que parabenizar a produção que fez um excelente programa, bastante emocionante. Quem vencesse entre o Araldi e o Vianna estaria em boas a mãos o cargo de narrador da TV, porque eles são profissionais de alta qualidade.

Torcerei muito para que o Araldi desempenhe um grande trabalho, e tenho certeza que ele vai conseguir por que é um sonho que ele ta realizando e alem disso é um grande narrador e também por que é um grande amigo meu. (risos)

ME: Agora mudando um pouco de assunto, vamos falar de futebol. Como você está vendo os times do Rio Grande so Sul? Acha que Inter e Grêmio tem melhor estrutura e elenco de que os times de SP, RJ e MG? E qual é o seu verdadeiro time de coração?
EC: Grêmio e Internacional vêm mostrando uma estrutura diferenciada em relação aos outros clubes, tanto é que os resultados de campo estão aparecendo, os dois sempre estão brigando por títulos e contam com um quadro de sócios invejável, o Inter com cem mil e o grêmio com mais de cinquenta mil. Mas não podemos esquecer São Paulo e Cruzeiro que também estão se organizando e se mostrando exemplo para os demais clubes brasileiros na forma de se organizar. Esses clubes devem ser seguidos pelos demais, pois são exemplos que no futebol brasileiro existem profissionais de alta qualidade.

Todo mundo um dia já torceu por um time de futebol na infância e eu não sou diferente, mas quando decidi por essa carreira da Narração esportiva, eu fui perdendo aquele lado torcedor e comecei a analisar o futebol mais com a razão do que com a emoção. Pra não dizer que fiquei no muro eu tenho dois times que torço e torço muito que são o Liverpool e o Indianápolis Colts, time de futebol americano.

ME: Como você está vendo a seleção brasileira com o Dunga como técnico? Você acha que ele evoluiu de produção nestes últimos anos? E o time mudou para melhor ou pior?
EC: No ínicio eu não gostei da idéia do Dunga treinar a seleção, por que acho que o treinador que chega nesse cargo tem que passar pelos clubes, ganhar títulos e adquirir uma experiência. Mas o Dunga vem desempenhando um ótimo trabalho na seleção e se seguir assim têm tudo pra ganhar a copa do próximo ano. Claro que alguns jogadores que ele convoca não concordo, mas ele é bem pago pra decidir então deixa ele trabalhar.

Ele entrou na seleção com a missão de fazer uma renovação, e aos poucos eles vai colocando em prática as suas idéias.

ME: Eduardo Costa, em quais narradores esportivos da tv e do rádio você tem como referência?
EC: Por eu ser jovem não pude acompanhar a carreira de grandes narradores como Osmar Santos, Fiori Giglioti, etc.

Eu gosto muito de ouvir no rádio o Pedro Ernesto Denardin, José Silvério, Éder Luís, Nilson César e Oscar Ulisses. Já na tv, gosto de Luís Roberto, Téo José, Milton Leite, Luciano do Vale, Silvio Luiz, André Henning e Everaldo Marques.

ME: Agora dê algumas dicas para quem quer ser narrador esportivo. Existe algum segredo em especial ou só tem que soltar a voz mesmo?
EC: Olha Otto, quem sou eu pra dar dicas para alguém, estou só iniciando nessa carreira, mas eu sempre recebi alguns conselhos como se queres seguir essa carreira no jornalismo esportivo, leia bastante, não só sobre futebol, mas assuntos em geral. Pratique bastante, o treinamento é importante para se surgir uma chance estar preparado.

ME: Em quais pontos você evoluiu depois da sua participação em "O Narrador'? Você ainda tem pretenções profissionais na área da narração esportiva?
EC: Acho que essa participação me ajudou muito a desenvolver o meu lado crítico, de expor mais minha opinião sobre os assuntos e estar sempre buscando mais informações pra poder falar com conhecimento.

Eu vou seguir na luta pelo meu sonho que é um dia ser narrador. Se eu tinha alguma dúvida sobre se eu queria mesmo seguir essa carreira, com essa participação no programa eu acabei com qualquer duvida, pois é isso mesmo que desejo da minha vida profissional.

ME: Agradeço mais uma vez por essa excelente entrevista e boa sorte para ti nessa nova empreitada. Agora para encerrar, mande um recado para os leitores do Mídia Esporte que torceram para você no Narrador.
EC: Bom, eu queria primeiramente agradecer a você Otto pelo espaço que você me deu pra mostrar aos leitores do Mídia Esporte um pouco mais sobre minha participação no Narrador.

Em segundo lugar, queria fazer um agradecimento público a toda a produção do programa que sempre que precisamos nos auxiliou nesse tempo que estive no Rio de Janeiro e a todos os funcionários do Esporte Interativo que nos receberam de braços abertos, e se eu já era fã de todos que trabalhavam lá eu fiquei ainda mais fã agora que conheci todos pessoalmente.

E aos leitores do Mídia Esporte que gostaram de minha participação no programa "O Narrador", vai o meu muito obrigado pelo apoio e pelo carinho, e se quiserem seguir acompanhando minhas narrações, opiniões acessem o meu blog. Lá poderemos trocar mais idéias, sobre o que quiserem saber.

Um abraço para todos...

Leiam também a entrevista que o Mídia Esporte fez com Vitor Sergio Rodrigues.

***

SIGA NOSSAS REDES SOCIAIS:
- Facebook (facebook.com/midiaesporte)
- Twitter (twitter.com/midiaesporte)
- Instagram (instagram.com/midiaesporte)
- Telegram (t.me/midiaesporte)
- Google Notícias (CLIQUE AQUI PARA SEGUIR)

Quer anunciar no Portal Mídia Esporte? Entre em contato com a nossa equipe no email midiaesporte@gmail.com e solicite uma proposta.