Mídia Esporte Entrevista: Vitor Sergio Rodrigues
Por Otto Rezende
Administrador e editor do Mídia Esporte
É com muito prazer que anuncio um novo quadro no Mídia Esporte. É o "Mídia Esporte Entrevista", onde terá um espaço totalmente dedicado à um bate-papo descontraído com vários grandes profissionais da imprensa esportiva.
E para abrir com chave de ouro, o meu primeiro entrevistado é o excelente comentarista da TV Esporte Interativo, Vitor Sergio Rodrigues. Desde já eu o agradeço por ceder essa entrevista, que aliás, foi sensacional. Espero que os meus leitores gostem, e é 'vida que segue', como diz o próprio Vitor Sergio.
Mídia Esporte: Para começar, fale-nos um pouco sobre o começo da sua carreira na imprensa esportiva. Por quais veículos você passou antes de chegar ao Esporte Interativo?
Vitor Sergio: Eu sempre quis ser jornalista esportivo. Entrei na faculdade e para ganhar uma grana eu passei a trabalhar em uma central de telemarketing. Depois de quatro anos na central, vi um anúncio com quatro perguntas sobre futebol e pedindo para quem soubesse as respostas enviasse o currículo para o Portal do Esporte, projeto que foi o precursor do Globesporte.com. Eu mandei e fui aprovado como estagiário. Fiquei lá até o fim do Brasileiro de 2001. O portal acabou. Depois, entrei na TopSports (empresa de marketing que mais tarde viria a fundar o Esporte Interativo). Fui repórter do Site Oficial da Liga do Nordeste e do Site Oficial do Campeonato Brasileiro de 2002. Com o fim desses dois projetos, estagiei no Jornal dos Sports por seis meses e no Lance! Por mais um ano. Fui contratado pelo Lance! e em 2006 trabalhei um ano no Globoesporte.com. No início de 2007 fui chamado para o Esporte Interativo.
ME: Quando e como você chegou ao Esporte Interativo? Teve alguma dificuldade em se adaptar a um novo ambiente?
VS: Durante o período em que trabalhei no Site da Liga do Nordeste e do Campeonato Brasileiro, em 2002, tive um ótimo relacionamento com o pessoal da TopSports. A empresa sempre respirou esporte, todas as modalidades, e sempre estávamos conversando sobre o assunto. Após o fim dos dois projetos, acabei indo estagiar em outros veículos, mas mantive o ótimo relacionamento com o pessoal. Quando a TopSports foi criar o Esporte Interativo, uma das pessoas que iria implantar o projeto, Márcio Ogata, que foi quem me ensinou quase tudo no jornalismo, me convidou para o canal. Curiosamente, o Ogata acabou não participando do dia-a-dia do Esporte Interativo, mas mesmo assim, os diretores da TopSports me fizeram uma proposta e eu vim trabalhar aqui.
ME: Em quais profissionais da mídia esportiva da tv ou do rádio você tem como referência?
VS: Como comentarista, me espelhei muito no Washington Rodrigues, da Rádio Tupi-RJ. Impressionante como ele consegue ler os jogos. Constantemente ele fala algo que na sequência acontece em campo. Atualmente, acho o Alex Escobar e o PVC os melhores comentaristas do Brasil. Também sou fã do trabalho do Tino Marcos e do Marcos Uchoa. E também tenho o Marcelo Barreto como referência, pois tento ser como ele: um grande apresentador com a capacidade de falar com propriedade de quase tudo envolvendo esporte.
ME: Por que você quis ser comentarista esportivo? Era o seu grande sonho profissional?
VS:Na verdade, nunca foi meu objetivo principal não. Eu até achava que não conseguiria me dar bem como comentarista de jogo. Eu pensava em me firmar como comentarista em programas, como o Jogando em Casa, o Entrando em Campo e o Fim de Papo e uma espécie de produtor de reportagens. Mas acabou que o pessoal do Esporte Interativo gostou e eu comecei a comentar os jogos.
ME: Como é a sua rotina diária profissional do Esporte Interativo? Quais funções você exerce além de comentarista na emissora?
VS: Estar no vídeo é só um pouco do que eu faço no Esporte Interativo. Atualmente, sou responsável por outras áreas, como organizar as externas da emissora, pelo conteúdo que vai ao ar no Portal e no canal Mobile, além de gerenciar o casting.
ME: Deve ser muito bom trabalhar em grandes transmissões esportivas. Algum dia você já trabalhou como narrador ou tem esse desejo?
VS: Realmente é muito bom. É fantástico trabalhar com o que se gosta. Agora, narração, nem pensar. Não tem a menor condição. Às vezes, o André Henning fala, de brincadeira, para eu narrar um lance nos jogos. Tentei e o resultado foi trágico...
ME: Quais detalhes um comentarista tem que ter durante uma transmissão de um jogo de futebol para melhor analisar uma partida?
VS: Depende muito do estilo da transmissão. A narração e os comentários são totalmente diferentes dependendo do veículo. No Esporte Interativo, o ideal é que o comentarista acrescente à transmissão, de forma clara e simples. Analisar a tática do jogo é importante, mas não é tudo. O mesmo vale para dar uma enxurrada de informação: de onde o cara veio, quando gols fez de pé direito no primeiro tempo... Não é o nosso estilo, apesar de fazermos algumas vezes. O importante é traduzir o que está em campo para o telespectador de forma que quem não é tão ligado ao futebol internacional entenda, mas quem é viciado não se sinta ofendido. Tudo com muita descontração, seguindo a premissa do Esporte Interativo: Diversão, Modernidade e Emoção. E outra coisa: acho que comentarista tem que dar opinião. E deixar claro que é sua opinião. Exemplo: se você acha que o jogador é ruim, dizer isso de forma clara. Respeito quem faz, mas não sou daqueles que “critica elogiando” ou “elogia criticando”.
ME: Você deve ter uma boa relação com os seus colegas de emissora, mas com qual(is) profissional(is) do Esporte interativo você ganhou amizade?
VS: A relação de trabalho no Esporte Interativo é sensacional. Eu, pessoalmente, me sinto em casa trabalhando. O clima é muito descontraído e a todo momento tem uma discussão sobre esporte. Os debates sobre o Zico, por exemplo, muitas vezes reproduzem uma reunião de amigos em um bar. Só falta a cerveja... Todos são meus amigos. Por ter tido uma filha agora, não tenho tido a chance de estender esse relacionamento depois do horário de trabalho, mas isso é algo que em breve voltarei a fazer.
ME: Não sei se quer falar sobre o assunto, mas muitos leitores querem saber. Aquilo que você falou para o jogador Adebayor, que hoje está no Manchester City, foi verdadeiro? O que você realmente acha do futebol dele?
VS: Cara, é uma ótima oportunidade para esclarecer essa questão, que acabou virando um folclore. Era a primeira rodada do campeonato de duas temporadas atrás. E foi o nosso primeiro jogo transmitido na Band, que com certeza agregou um público novo à transmissão, não acostumado ao estilo do Esporte Interativo. Isso também ajudou para o caso se tornar polêmico como foi. Mas na verdade, eu tive culpa, porque durante a transmissão critiquei demais o Adebayor. Foram seis ou sete vezes cornetando ele, o que pareceu que era uma perseguição. E não era minha intenção. As coisas que eu falei dele, eu continuo falando quando acho que um jogador mereça. Por exemplo: eu disse que na briga entre Adebayor e a bola, a bola estava ganhando por pontos. Falo isso de vários jogadores. O meu erro foi ter falado mal dele muitas vezes. Na segunda, já estava entendido o que penso dele (ainda hoje): é um jogador limitado, que se embola demais com a bola, todo atrapalhado, mas que faz gol.
Agora, quando tive a chance de entrevistá-lo, na Europa, achei certo pedir desculpa, justamente para mostrar que eu estava errado em ter criticado ele, parecendo que estava perseguindo. Foi isso. Agora, o caso foi bastante positivo para mim, pois ajudou no que escrevi na resposta anterior: tentar não ofender os que são viciados em futebol internacional. A reação da torcida do Arsenal foi muito grande, mostrando o nível de engajamento que os brasileiros têm com os clubes do Melhor Futebol do Mundo. Foi no mesmo nível se eu tivesse falado mal de um grande clube brasileiro.
ME: Agora falando de futebol. Como você está vendo a atual situação do Flamengo, nosso time de coração? Será que com a saída de Kleber Leite o time deve melhorar?
VS: Eu acho que o Flamengo não tem jeito. Os dirigentes que fazem parte do dia-a-dia do clube (sejam de oposição ou de situação, não importa) são muito incompetentes. Eles infelicitam o clube há anos. Só vai mudar quando todos saírem e entrarem profissionais, com autonomia para consertar o clube. Tudo no Flamengo é feito com segundas intenções. O Kléber Leite saiu agora, pois seu braço direito, Plínio Serpa Pinto vai concorrer nas eleições do fim do ano. E ele não quer se queimar com as ações do Delair Dumbrosck. Ou seja: o melhor para o clube não está em jogo. Mas sim o melhor para a corrente política. Isso que eu não aceito.
ME: E a seleção brasileira, como você está vendo o trabalho de Dunga como técnico? Você acha que o Brasil tem chances de conquistar o título da Copa de 2010?
VS: Na Seleção temos que ter os melhores. E o Dunga não é o melhor técnico que nós temos. Por isso, não aceito que iremos para uma Copa do Mundo com ele como treinador. Essa é a premissa básica. Mas, eu não sou burro e intelorante para negar que Dunga evoluiu muito no cargo. Hoje a Seleção tem um padrão de jogo (que eu não gosto). Ninguém pode negar isso. E é um padrão que pode fazer o Brasil ganhar a Copa: defesa sólida, com um lateral que sobe pouco (esquerdo), um bloqueio à frente da zaga e um contra-ataque mortal.
Outros dois pontos do Dunga que temos que elogiar são que o time respondeu nos grandes jogos e que ele foi se rendendo ao que todos falavam: não dava para ir com G. Silva e Josué; que Kléber não tem condição de servir à Seleção, que Kaká precisa de alguém com mais mobilidade no meio... Agora, só não aceito que a mídia diga amém para algumas barbaridades que Dunga diz para defender suas escolhas. Exemplo: ele falou ao Milton Neves que depois que Gilberto Silva saiu do Arsenal, o time inglês acabou. Isso é mentira. Na última temporada de Arsenal, Gilberto Silva ficou o tempo inteiro como reserva do Flamini (!). Ou seja, o Arsenal estar mal não tem nenhuma relação com o G. Silva ter ido para o futebol grego.
ME: O Esporte Interativo adquiriu os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, e o seu colega André Henning irá narrar todos os jogos que a emissora irá passar. Você paraticipará também das transmissões do torneio?
VS: As escalas dos jogos só saem na quinta ou no sábado anterior aos jogos. Portanto, não está definido quem participará das transmissões da Liga dos Campeões. Nem o André, nem ninguém está garantido.
ME: O Esporte Interativo está selecionando o novo narrador da emissora no Reality Show "O Narrador". Você sabe se a emissora pretende fazer uma segunda temporada?
VS: Atualmente eu estou em férias. Assim, não sei se haverá uma segunda temporada. Quem pode responder é o Fábio Medeiros, diretor da Tv.
ME: Para encerrar, deixe uma mensagem para os leitores do Mídia Esporte que admiram o seu trabalho. Desde já agradeço a sua atenção para conosco.
VS: Queria agradecer a todos o apoio e o carinho, demonstrados também pelo meu blog. O Mídia Esporte está nos meus favoritos e leio o site diariamente.
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E para abrir com chave de ouro, o meu primeiro entrevistado é o excelente comentarista da TV Esporte Interativo, Vitor Sergio Rodrigues. Desde já eu o agradeço por ceder essa entrevista, que aliás, foi sensacional. Espero que os meus leitores gostem, e é 'vida que segue', como diz o próprio Vitor Sergio.
Mídia Esporte: Para começar, fale-nos um pouco sobre o começo da sua carreira na imprensa esportiva. Por quais veículos você passou antes de chegar ao Esporte Interativo?
Vitor Sergio: Eu sempre quis ser jornalista esportivo. Entrei na faculdade e para ganhar uma grana eu passei a trabalhar em uma central de telemarketing. Depois de quatro anos na central, vi um anúncio com quatro perguntas sobre futebol e pedindo para quem soubesse as respostas enviasse o currículo para o Portal do Esporte, projeto que foi o precursor do Globesporte.com. Eu mandei e fui aprovado como estagiário. Fiquei lá até o fim do Brasileiro de 2001. O portal acabou. Depois, entrei na TopSports (empresa de marketing que mais tarde viria a fundar o Esporte Interativo). Fui repórter do Site Oficial da Liga do Nordeste e do Site Oficial do Campeonato Brasileiro de 2002. Com o fim desses dois projetos, estagiei no Jornal dos Sports por seis meses e no Lance! Por mais um ano. Fui contratado pelo Lance! e em 2006 trabalhei um ano no Globoesporte.com. No início de 2007 fui chamado para o Esporte Interativo.
ME: Quando e como você chegou ao Esporte Interativo? Teve alguma dificuldade em se adaptar a um novo ambiente?
VS: Durante o período em que trabalhei no Site da Liga do Nordeste e do Campeonato Brasileiro, em 2002, tive um ótimo relacionamento com o pessoal da TopSports. A empresa sempre respirou esporte, todas as modalidades, e sempre estávamos conversando sobre o assunto. Após o fim dos dois projetos, acabei indo estagiar em outros veículos, mas mantive o ótimo relacionamento com o pessoal. Quando a TopSports foi criar o Esporte Interativo, uma das pessoas que iria implantar o projeto, Márcio Ogata, que foi quem me ensinou quase tudo no jornalismo, me convidou para o canal. Curiosamente, o Ogata acabou não participando do dia-a-dia do Esporte Interativo, mas mesmo assim, os diretores da TopSports me fizeram uma proposta e eu vim trabalhar aqui.
ME: Em quais profissionais da mídia esportiva da tv ou do rádio você tem como referência?
VS: Como comentarista, me espelhei muito no Washington Rodrigues, da Rádio Tupi-RJ. Impressionante como ele consegue ler os jogos. Constantemente ele fala algo que na sequência acontece em campo. Atualmente, acho o Alex Escobar e o PVC os melhores comentaristas do Brasil. Também sou fã do trabalho do Tino Marcos e do Marcos Uchoa. E também tenho o Marcelo Barreto como referência, pois tento ser como ele: um grande apresentador com a capacidade de falar com propriedade de quase tudo envolvendo esporte.
ME: Por que você quis ser comentarista esportivo? Era o seu grande sonho profissional?
VS:Na verdade, nunca foi meu objetivo principal não. Eu até achava que não conseguiria me dar bem como comentarista de jogo. Eu pensava em me firmar como comentarista em programas, como o Jogando em Casa, o Entrando em Campo e o Fim de Papo e uma espécie de produtor de reportagens. Mas acabou que o pessoal do Esporte Interativo gostou e eu comecei a comentar os jogos.
ME: Como é a sua rotina diária profissional do Esporte Interativo? Quais funções você exerce além de comentarista na emissora?
VS: Estar no vídeo é só um pouco do que eu faço no Esporte Interativo. Atualmente, sou responsável por outras áreas, como organizar as externas da emissora, pelo conteúdo que vai ao ar no Portal e no canal Mobile, além de gerenciar o casting.
ME: Deve ser muito bom trabalhar em grandes transmissões esportivas. Algum dia você já trabalhou como narrador ou tem esse desejo?
VS: Realmente é muito bom. É fantástico trabalhar com o que se gosta. Agora, narração, nem pensar. Não tem a menor condição. Às vezes, o André Henning fala, de brincadeira, para eu narrar um lance nos jogos. Tentei e o resultado foi trágico...
ME: Quais detalhes um comentarista tem que ter durante uma transmissão de um jogo de futebol para melhor analisar uma partida?
VS: Depende muito do estilo da transmissão. A narração e os comentários são totalmente diferentes dependendo do veículo. No Esporte Interativo, o ideal é que o comentarista acrescente à transmissão, de forma clara e simples. Analisar a tática do jogo é importante, mas não é tudo. O mesmo vale para dar uma enxurrada de informação: de onde o cara veio, quando gols fez de pé direito no primeiro tempo... Não é o nosso estilo, apesar de fazermos algumas vezes. O importante é traduzir o que está em campo para o telespectador de forma que quem não é tão ligado ao futebol internacional entenda, mas quem é viciado não se sinta ofendido. Tudo com muita descontração, seguindo a premissa do Esporte Interativo: Diversão, Modernidade e Emoção. E outra coisa: acho que comentarista tem que dar opinião. E deixar claro que é sua opinião. Exemplo: se você acha que o jogador é ruim, dizer isso de forma clara. Respeito quem faz, mas não sou daqueles que “critica elogiando” ou “elogia criticando”.
ME: Você deve ter uma boa relação com os seus colegas de emissora, mas com qual(is) profissional(is) do Esporte interativo você ganhou amizade?
VS: A relação de trabalho no Esporte Interativo é sensacional. Eu, pessoalmente, me sinto em casa trabalhando. O clima é muito descontraído e a todo momento tem uma discussão sobre esporte. Os debates sobre o Zico, por exemplo, muitas vezes reproduzem uma reunião de amigos em um bar. Só falta a cerveja... Todos são meus amigos. Por ter tido uma filha agora, não tenho tido a chance de estender esse relacionamento depois do horário de trabalho, mas isso é algo que em breve voltarei a fazer.
ME: Não sei se quer falar sobre o assunto, mas muitos leitores querem saber. Aquilo que você falou para o jogador Adebayor, que hoje está no Manchester City, foi verdadeiro? O que você realmente acha do futebol dele?
VS: Cara, é uma ótima oportunidade para esclarecer essa questão, que acabou virando um folclore. Era a primeira rodada do campeonato de duas temporadas atrás. E foi o nosso primeiro jogo transmitido na Band, que com certeza agregou um público novo à transmissão, não acostumado ao estilo do Esporte Interativo. Isso também ajudou para o caso se tornar polêmico como foi. Mas na verdade, eu tive culpa, porque durante a transmissão critiquei demais o Adebayor. Foram seis ou sete vezes cornetando ele, o que pareceu que era uma perseguição. E não era minha intenção. As coisas que eu falei dele, eu continuo falando quando acho que um jogador mereça. Por exemplo: eu disse que na briga entre Adebayor e a bola, a bola estava ganhando por pontos. Falo isso de vários jogadores. O meu erro foi ter falado mal dele muitas vezes. Na segunda, já estava entendido o que penso dele (ainda hoje): é um jogador limitado, que se embola demais com a bola, todo atrapalhado, mas que faz gol.
Agora, quando tive a chance de entrevistá-lo, na Europa, achei certo pedir desculpa, justamente para mostrar que eu estava errado em ter criticado ele, parecendo que estava perseguindo. Foi isso. Agora, o caso foi bastante positivo para mim, pois ajudou no que escrevi na resposta anterior: tentar não ofender os que são viciados em futebol internacional. A reação da torcida do Arsenal foi muito grande, mostrando o nível de engajamento que os brasileiros têm com os clubes do Melhor Futebol do Mundo. Foi no mesmo nível se eu tivesse falado mal de um grande clube brasileiro.
ME: Agora falando de futebol. Como você está vendo a atual situação do Flamengo, nosso time de coração? Será que com a saída de Kleber Leite o time deve melhorar?
VS: Eu acho que o Flamengo não tem jeito. Os dirigentes que fazem parte do dia-a-dia do clube (sejam de oposição ou de situação, não importa) são muito incompetentes. Eles infelicitam o clube há anos. Só vai mudar quando todos saírem e entrarem profissionais, com autonomia para consertar o clube. Tudo no Flamengo é feito com segundas intenções. O Kléber Leite saiu agora, pois seu braço direito, Plínio Serpa Pinto vai concorrer nas eleições do fim do ano. E ele não quer se queimar com as ações do Delair Dumbrosck. Ou seja: o melhor para o clube não está em jogo. Mas sim o melhor para a corrente política. Isso que eu não aceito.
ME: E a seleção brasileira, como você está vendo o trabalho de Dunga como técnico? Você acha que o Brasil tem chances de conquistar o título da Copa de 2010?
VS: Na Seleção temos que ter os melhores. E o Dunga não é o melhor técnico que nós temos. Por isso, não aceito que iremos para uma Copa do Mundo com ele como treinador. Essa é a premissa básica. Mas, eu não sou burro e intelorante para negar que Dunga evoluiu muito no cargo. Hoje a Seleção tem um padrão de jogo (que eu não gosto). Ninguém pode negar isso. E é um padrão que pode fazer o Brasil ganhar a Copa: defesa sólida, com um lateral que sobe pouco (esquerdo), um bloqueio à frente da zaga e um contra-ataque mortal.
Outros dois pontos do Dunga que temos que elogiar são que o time respondeu nos grandes jogos e que ele foi se rendendo ao que todos falavam: não dava para ir com G. Silva e Josué; que Kléber não tem condição de servir à Seleção, que Kaká precisa de alguém com mais mobilidade no meio... Agora, só não aceito que a mídia diga amém para algumas barbaridades que Dunga diz para defender suas escolhas. Exemplo: ele falou ao Milton Neves que depois que Gilberto Silva saiu do Arsenal, o time inglês acabou. Isso é mentira. Na última temporada de Arsenal, Gilberto Silva ficou o tempo inteiro como reserva do Flamini (!). Ou seja, o Arsenal estar mal não tem nenhuma relação com o G. Silva ter ido para o futebol grego.
ME: O Esporte Interativo adquiriu os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, e o seu colega André Henning irá narrar todos os jogos que a emissora irá passar. Você paraticipará também das transmissões do torneio?
VS: As escalas dos jogos só saem na quinta ou no sábado anterior aos jogos. Portanto, não está definido quem participará das transmissões da Liga dos Campeões. Nem o André, nem ninguém está garantido.
ME: O Esporte Interativo está selecionando o novo narrador da emissora no Reality Show "O Narrador". Você sabe se a emissora pretende fazer uma segunda temporada?
VS: Atualmente eu estou em férias. Assim, não sei se haverá uma segunda temporada. Quem pode responder é o Fábio Medeiros, diretor da Tv.
ME: Para encerrar, deixe uma mensagem para os leitores do Mídia Esporte que admiram o seu trabalho. Desde já agradeço a sua atenção para conosco.
VS: Queria agradecer a todos o apoio e o carinho, demonstrados também pelo meu blog. O Mídia Esporte está nos meus favoritos e leio o site diariamente.
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Interessante entrevista. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado Ribamar.
ResponderExcluirEssa entrevista foi muito boa, e inclusive tirei várias dúvidas e curiosidades.
Otto vai no meu blog, abs! www.nyaesportes.zip.net
ResponderExcluirotima entrevista, Vitor Sergio é um dos melhores comentaristas desse país , em todos os esportes.
ResponderExcluirEspero q todas as entrevistas sejam nesse nivel.
Como vc conseguiu esta entrevista ??
ResponderExcluirParabéns pelas perguntas!!
Olha Romário, foram através de contatos que existem no mundo da blogosfera, nada tão complicado.
ResponderExcluirE ainda trarei um outra grande entrevista para sa próximas semanas.
eh melho ter um blog postando no blogspot tem mais recursoso da o uol eh muito atrasando tem poucas opçoes
ResponderExcluirVou fazer uma entrevista com Rafael Araldi no meu blog e voce pode me ajudar deixando uma pergunta pra ele lá. www.nyaesportes.zip.net
ResponderExcluiresse cara é o cara!!! só tem o defeito de ser urubu!!rsrsrsrsrs
ResponderExcluirVitor Sergio é realmente um grande cara, mas ser flamenguista é uma virtude, por isso também sou! (risos)
ResponderExcluirMuito boa essa entrevista, pq o Vitor Sergio fala oq pensa e não bajula quem não merece, gosto muito dos seus comentarios e quando junta ele, o André e o Baran no Jogando em Casa ou no Febre de Bola
ResponderExcluiré sinal de boas risadas!!!!!!!
Igor, você tem toda a razão. Prefiro mil vezes ver eles ao invés da TV fechada. O humor é o grande segredo do sucesso que o EI tem até agora!
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