Postura da Globo na licitação dos dirteitos do Brasileirão é criticada por diretor do Clube dos 13

O Clube dos 13 ficou bastante irritado com a saída da Rede Globo do processo de licitação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. E as polêmicas só aumentam um dia antes da definição do vencedor na categoria TV aberta.

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O diretor executivo da entidade, Ataide Gil Guerreiro, afirmou que a emissora carioca "não respeitou" as concorrentes Record e RedeTV! ao tentar exercer a preferência na disputa, ideia vetada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo Guerreiro, os clubes dissidentes ficaram ao lado da Globo pela ligação histórica da emissora com o futebol, mas destacou que as concorrentes não devem ser prejudicadas por isso. "Os clubes se sentem muito ligados a TV Globo, e ela não respeitou os outros concorrentes como a RedeTV! e a Record. A Globo não queria perder porque está no futebol há muitos anos, foi importante para o futebol e ainda é, mas ela ganha com isso também", afirmou Ataíde.

Alvo de críticas de diversos clubes de expressão no cenário nacional, o C13 se baseia em decisão do Cade para justificar as decisões e o atual formato de disputa, que classifica com "regras objetivas e claras para todo mundo", como defende Ataíde. O presidente da entidade Fábio Koff confirmou a mesma tese em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

"O Cade determinou que nós fizessemos uma concorrência com regras objetivas, defendendo as cinco mídias (TV aberta, TV fechada, pay-per view, internet e celular). Nós seguimos exatamente aquilo combinado com o Cade. A partir de um determinado momento, a TV Globo começou a dizer que, por ter transmitido o futebol por muitos e muitos anos, não deveria participar da concorrência com o risco de perder o futebol. Neste momento, a TV Globo passou a contatar alguns clubes e achou que tinha que ter um tratamento diferenciado", disse o dirigente.

Ao lembrar do início da polêmica, Ataíde até admite um erro no C13 no passado, ao tentar dar prioridade à emissora carioca no processo, fato vetado pelo Cade. "Caímos no erro de achar que a Globo tinha direito aos 10% (de ágio) e o Cade não concordou", disse o executivo, se referindo à mudança da regra que decreta o vitória a quem pagar mais.

"Nós só cumprimos aquilo que o Cade determinou", afirmou, citando também que o Cade não irá interferir na decisão desta sexta-feira. "O Cade não tem nada que se manifestar. Fomos ao Cade ver se estávamos de acordo com o que tínhamos negociado. O Cade só vetou os 10% da Globo na negociação da TV aberta e nós comunicamos a todos".

Autor: Otto Rezende

Fonte: Terra

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