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'Estamos mil anos à frente da Record', diz diretor da Globo; Record responde

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O diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, afirmou em entrevista ao UOL que a Fifa escolheu seguir parceira com a Rede Globo na transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 ao comparar o trabalho da emissora carioca à Rede Record.


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- A Globo está mil anos-luz à frente da Record. Quando eles comparam o Pan da Record com um Pan e uma Olimpíada da Globo, não tem comparação. Foi o que eles [Fifa] disseram - disse Campos Pinto.

- Quando uma empresa do porte da Fifa vai vender os direitos, ela não olha só para o dinheiro. Eles estão tendo com a Copa de 2014 uma experiência que nunca tiveram antes. Estamos produzindo todas as coisas. O sorteio preliminar nós é que fizemos, faremos também com o sorteio da Copa das Confederações e o da Copa. Isso para eles é muito bom, porque eles não têm de trazer isso da Europa - completa o executivo.

Campos Pinto ainda disse que os direitos dos Jogos Olímpicos de 2016, que acontecem no Rio de Janeiro, foram cedidos pelo Comitê Olímpico Internacional primeiramente à Globo, e só depois é que a entidade cedeu também à Record.

- Para 2016 eles [COI] venderam primeiro para nós, em caráter não exclusivo na TV aberta e em caráter exclusivo na TV fechada, na internet e em telefonia celular. Só depois é que eles venderam a TV aberta para a Record, também em caráter não exclusivo. Eu acho que quando fazem primeiro conosco eles estão dando mostras de que aprovam nosso trabalho - disse Campos Pinto.

Em resposta ao diretor da Globo, a Record emitiu no R7 um comunicado para a imprensa. O vice-presidente de Programação da Record, Honorilton Gonçalves, ressaltou a importância do telespectador e acusando a Globo de tratar o assunto com 'orgulho e arrogância'.

Leia o comunicado na íntegra:

“Diante das afirmações do Sr. Marcelo diretor da Globo ao Uol, é necessário esclarecer:

Como um diretor da Globo pode falar desta maneira trabalhando numa emissora que perde audiência todos os anos? O orgulho e a arrogância não permitem perceber a realidade provada pelos institutos de pesquisa: os brasileiros estão cada vez mais em busca de novas opções na televisão. E a Record simplesmente se propõe a ser uma delas.

Há cinco anos a Globo tinha 15 pontos de audiência a mais que a Record na média do dia na Grande São Paulo. Hoje, a diferença despencou para 7 pontos, como mostram os números consolidados de fevereiro. Curioso, aliás, este diretor usar de tanta soberba justamente quando a Globo registra o pior fevereiro, em audiência, de toda a sua história.

Nas transmissões esportivas, das quais o diretor da Globo fala com tanta prepotência, a situação é ainda mais grave. Entre os anos de Copas do Mundo de 2002 até 2010, por exemplo, os jogos da seleção caíram em audiência 29%, ou seja, um em cada três telespectadores abandonaram a suposta qualidade da Globo para assistir aos jogos do Brasil por outros caminhos.

No tratamento dos Jogos Pan-Americanos, a mesma arrogância: a Globo ignorou o evento durante vários anos seguidos. Em 2003, a emissora transmitiu inacreditáveis 29 minutos do Pan de Santo Domingo. Ano passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda mais importante competição olímpica mundial. E apesar das dificuldades enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão, lideramos a audiência em vários jogos, competições e em diversas capitais brasileiras.

O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas. Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu esta semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 22.

No Comitê Olímpico Internacional é diferente. Houve uma licitação para os Jogos Olímpicos de 2016 e, ao contrário do que tenta sugerir o referido funcionário da Globo, a Record conquistou os direitos para televisão aberta assim como a sociedade Globo-Bandeirantes também. Na mesma disputa e ao mesmo tempo foram proclamados os resultados, sem privilégios ou prioridades.

Honorilton Gonçalves, vice-presidente de Programação - Rede Record”
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