Combate perde transmissão de eventos após exigir filiação à CABMMA

Após a morte do lutador Leandro Feijão antes do Shooto 43, em setembro do ano passado, a Globosat começou a exigir em seus novos contratos com os eventos a filiação junto à CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA), que regulamenta o UFC no Brasil.

Porém, os organizadores dos eventos não aprovaram a medida, e inclusive alguns deles migraram do canal Combate para o Esporte Interativo, como o Coliseu Extreme Fight e WOCS. Os dois principais eventos do país - diga-se Jungle Fight e Shooto - também não querem trabalhar com a CABMMA, porém as discussões não começaram porque ambas as organizações ainda tem alguns anos de contrato pela frente.

O líder do Jungle Fight, Wallid Ismail reafirmou que a união com a CABMMA não vai acontecer, e ameaça não renovar o contrato de transmissão caso a Globosat exija. “O Combate sabe disso, eles não tem como exigir do Jungle… Nós somos os líderes de audiência. Isso agora vai abrir uma concorrência animal (com outras emissoras)”.

Alguns problemas na imposição da Globosat aos eventos envolvem questões políticas e financeiras, já que cada organização já tem acordos com suas respectivas entidades em vigor, e a união com a CABMMA custaria muito mais caro. Só os exames exigidos pela comissão custam até R$ 3 mil, segundo um dos organizadores do WOCS, Otávio Duarte.

A Globosat afirmou que a opção pela CABMMA não é só por causa da saúde e da segurança dos atletas, mas também devido ao regulamento, a arbitragem e aos resultados. E o presidente da CABMMA, Rafael Favetti, atacou o amadorismo dos eventos que a entidade não regulamenta.

Redação Mídia Esporte, por UOL Esporte Vê TV

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Combate perde transmissão de eventos após exigir filiação à CABMMA