Brasileirão 2015 pode definir futuro do futebol na Globo | Coluna de Guilherme Coelho #16

O Campeonato Brasileiro está de volta. No próximo sábado (09/05), a competição mais importante do país se inicia, com promessas de mudanças por parte da CBF. O horário das partidas, credenciamento da imprensa e as entrevistas dos atletas ao final dos jogos foram alguns dos temas levantados na última terça-feira (29/04), em reunião da entidade com representantes dos 20 clubes da Série A.

É louvável que uma ação como essa venha, finalmente, a acontecer depois de tantos anos sem dar ouvidos as reclamações da imprensa, dos clubes e de seus torcedores. A marca da liga deve ser valorizada. Os dirigentes brasileiros, que em sua grande maioria parecem figurinhas repetidas – agindo como torcedores e não como gestores -, demoraram a entender o óbvio: uma liga forte trás visibilidade, o que resulta em aumento de receita (fundamental para a saúde financeira dos clubes, que anda tão debilitada por consequência de más-administrações).

A novidade este ano fica por conta da mudança no horário das partidas, teremos jogos às 11h00 da manhã e às 22h00 no sábado. O primeiro, foi definido como “horário ideal” pelo presidente da CBF Marco Polo Del Nero. O calendário é péssimo e muito mal organizado, são tentativas desesperadas de atrair o torcedor, anunciantes, mas não há planejamento, nada. Visto que, na edição de 2014, a média de público do campeonato foi de, apenas, 16.555 pagantes – o campeão Cruzeiro obteve a melhor média entre os 20 clubes da Série A, com 29.678 torcedores por partida – metade da capacidade de seu estádio (atualmente com 62 mil lugares). Reflexo da estagnação que vive o futebol brasileiro.

Como já citei nas últimas semanas, a audiência é algo que vem preocupando a Rede Globo (detentora dos direitos de transmissão). As 12 primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 2014 deixaram a emissora carioca na casa dos 16,9% de audiência, segundo informações do blog do jornalista Luiz Prosperi, no Estadão. A esperança é de que a CBF, de fato, comece a contribuir com o futebol brasileiro. A hora é agora.

Por Guilherme Coelho
Twitter: @guilhermecs22

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