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Obras de estúdios de TV das Olimpíadas em Copacabana estão paralisadas; veja fotos

As ondas chegaram a seis metros de altura, desmanchando trincheiras de areia e derrubando cercas



No último final de semana, uma forte ressaca do mar atingiu os estúdios de TV dos Jogos Olímpicos, na praia de Copacabana. Segundo informações do site Globoesporte.com, os trabalhos estão paralisados nas obras, que foram embargadas pela Prefeitura por falta de licença ambiental.

As ondas chegaram a seis metros de altura, desmanchando trincheiras de areia e derrubando cercas. Mesmo com as obras paralisadas, operários estiveram no local na última segunda-feira (13) para refazer bancos de areia que serviam como proteção para as obras.

O estúdio está localizado no posto 5 da praia de Copacabana, área de alto risco de ressacas, e a responsabilidade da construção é da Olympics Broadcasting Services (OBS), Serviço de Transmissão Olímpica. Trata-se da transmissão oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Além dos estúdios de TV, a ressaca atingiu também a arena do vôlei de praia, também em Copacabana, mas em frente à Avenida Princesa Isabel, bem próxima ao Leme.

Em nota enviada à imprensa no domingo (12), a OBS afirmou que a ressaca não causou danos à obra do estúdio, e que a estrutura não sofre nenhum risco. "O dano ocorreu apenas em uma vedação temporária erguido de modo a não permitir que os transeuntes entrem em um local em construção. Ele será removido assim que a construção seja concluída", disse.

Ainda de acordo com a OBS, estudos apropriados foram elaborados para construir o estúdio no inverno, quando o nível do mar é mais elevado. E que todos os alvarás de construção foram adquiridos.

Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) informou em nota que se reuniu com integrantes do Comitê Rio 2016 e avaliou, do ponto de vista ambiental, as três estruturas olímpicas que estão sendo montadas na praia de Copacabana - também há uma loja de lembranças em construção. A construção de estúdios de TV no Posto 5 está paralisada, e o pedido de licenciamento encontra-se em análise na SMAC.

Estúdio está em área de alto risco

Segundo a mesma publicação, o oceanógrafo David Zee alerta para a área onde o estúdio de TV está sendo construído, com alto risco de ressacas.

"Ali é um perigo. O mar está reclamando. Está a uns três, quatro metros do primeiro pilar do estúdio. O mar já cavou praticamente 1,75m. Achei que o pilar estivesse cravado a três, quatro metros de profundidade na areia. Como a ressaca vai até esta terça-feira, acho que não vai atingir a ponta da estaca. Mas essa não é a primeira ressaca do ano. Estamos em um quadro climático extremamente desfavorável para edificações na praia. Meu medo são as ressacas que estão por vir" disse Zee.

Ainda de acordo com o oceanógrafo, desde o afastamento do fenômeno meteorológico do El Niño do Brasil, a previsão é de frentes frias mais constantes. Zee lembrou as ressacas deste ano, que derrubaram a ciclovia Tim Maia, matando duas pessoas, e o calçadão da praia de São Conrado.

"O ponto de inflexão da onda é maior na altura do hotel Othon, justamente aonde está o estúdio. Ela espalha areia para os lados. Naquele ponto onde ele varreu a areia a praia começa a perder areia. Como a arena de vôlei está mais perto do Leme há mais dificuldade de perder areia".
Grades de proteção dos estúdios em Copacabana foram derrubadas pelas ondas (Foto: Reprodução / Facebook)

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