Por falta de cabine, locutor narra jogo do gramado em Pernambuco
Iran Carvalho, da Rádio Jornal de Caruaru, teve que narrar o jogo entre Serra Talhada e Central na beira do gramado do estádio Pereirão
Foto: Anderson Gomes/Twitter |
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A situação de quem trabalha como narrador esportivo de rádio em vários lugares do Brasil não é nada fácil. Devido à falta de estrutura de muitos estádios para a imprensa, muitos profissionais têm que improvisar para não deixar de transmitir os jogos.
Foi exatamente isso que aconteceu com o narrador Iran Carvalho, da Rádio Jornal de Caruaru. Ele teve que narrar o jogo entre Serra Talhada e Central, válido pela quinta rodada da primeira fase do Campeonato Pernambucano, na beira do gramado do estádio Nildo Pereira, o Pereirão, em Serra Talhada, cidade que fica a 415 km de Recife.
O fato foi relatado pelo jornalista Anderson Gomes. Em suas redes sociais, ele registrou fotos do narrador trabalhando no gramado e depois na arquibancada por falta de condições na cabine do estádio.
Narrador da Radio Jornal de Caruaru narrou no gramado e na arquibancada por falta de condições na cabine do Pereirão em Serra Talhada. pic.twitter.com/JGtfxnQ5MN— Anderson Gomes (@reporterfariseu) 19 de janeiro de 2017
O delegado do jogo, mesmo sabendo que não tinha cabine decente, retirou o narrador de campo. Teve que trabalhar na arquibancada. pic.twitter.com/GuUOgb1Fzd— Anderson Gomes (@reporterfariseu) 19 de janeiro de 2017
Mesmo informado que as cabines não tinham condições, o delegado exigiu a saída do narrador da beira do gramado. Pelo protocolo tudo! pic.twitter.com/4gwQkNMZUZ— Anderson Gomes (@reporterfariseu) 19 de janeiro de 2017
Outras imagens das condições de trabalho em Serra Talhada, estádio Nildo Pereira, ontem, pelo estadual/2017. Olhem as condições. pic.twitter.com/jsyn4IiWX6— Anderson Gomes (@reporterfariseu) 19 de janeiro de 2017
Em entrevista ao site 'Globoesporte.com', Iran Carvalho conta tudo o que passou no Pereirão:
"Quando eu cheguei lá, três horas antes do jogo, a empresa telefônica tinha instalado nossa linha em uma das menores cabines do estádio para dividir com cinco pessoas, mas nem o material deu para a gente montar, por ser muito pequena a cabine. Então, como não tinha mais cabines disponíveis, e eu tenho a credencial que dá acesso ao campo, eu pensei em puxar um cabo e dar uma de repórter e narrar o jogo de lá do campo mesmo, porque pelo menos lá tinha o alambrado para me proteger da torcida", disse.
"Mas quando estava lá narrando o jogo, com 15 ou 20 minutos, chegou o delegado da partida dizendo que não podia transmitir o jogo dali e queria me deslocar para outro local. Então eu disse para ele: "Se o senhor conseguir um local digno para que eu possa trabalhar, não tem problema, eu vou. Então ele disse que eu iria ficar no meio da torcida. Mas respondi: 'Eu no meio da torcida? Com o barulho do povo, e outra coisa, eu estou fazendo o time visitante, no meio de torcedores da casa, e minha vida?'. Então ele solicitou quatro policiais militares, pediu para polícia afastar o povo em um local da arquibancada e fiz todo o resto do jogo escoltado", conclui.
A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
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