Presidente do Flamengo quer cota de TV do Carioca maior que a de rivais
Clube e Globo não têm acordo para que emissora possa transmitir partidas do rubro-negro na competição
Para Bandeira de Mello, Fla dá mais audiência, logo, deve receber mais (Divulgação / Flamengo) |
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A poucos dias da estreia no Campeonato Carioca, o Flamengo e a Globo não têm acordo para que a emissora possa transmitir os jogos do rubro-negro na competição.
Segundo o diário 'Lance', o presidente Eduardo Bandeira de Mello quer que o Fla receba mais do que R$ 15 milhões, valor que será pago a Vasco, Fluminense e Botafogo.
Para Bandeira de Mello, o clube dá mais audiência, logo, deve receber mais. "Nossa avaliação é que devemos receber de acordo o tamanho do clube e a audiência proporcionada por ele", comentou o mandatário Rubro-Negro.
Na entrevista coletiva da última quarta-feira (11), concedida no Ninho do Urubu, o presidente afirmou que só está defendendo o direito do clube e que se competição começasse neste fim de semana, para ver o Flamengo só no Estádio ou então teriam de ouvir o jogo no rádio.
"Esperamos que as negociações sejam concluídas da melhor maneira possível, mas temos que defender o direito do sócios e do torcedor. Se o campeonato começasse hoje, teriam de ir ao Maracanã, ou ouvir pelo rádio. Vamos torcer para chegar em um acordo", disse Bandeira de Mello.
Fla faz negociação direta com a Globo
De acordo com o site FutRio, Bandeira de Mello admitiu que está negociando o contrato dos direitos de TV do Carioca diretamente com a Globo, sem passar pela Ferj.
O dirigente mencionou algumas ações que poderiam ser evitadas, ou feitas de formas distintas pela Ferj, para que os clubes de menor investimento sofressem um impacto menor. O presidente do Flamengo também revelou que a ausência da assinatura diminuiu em R$ 30 milhões o valor anual das cotas de TV, caindo para R$ 90 milhões. As reclamações feitas pelos dirigentes das equipes menores também foram minimizadas.
"O que aconteceu foi que a televisão fez uma proposta global de R$ 120 milhões por ano pelo Campeonato Carioca. Como o Flamengo não assinou, ela diminui para R$ 90 milhões. Se essa redução tivesse sido feita proporcionalmente a todos os clubes o impacto não teria sido tão grande. Simplesmente, o que aconteceu foi que os outros clubes grandes (Botafogo, Fluminense e Vasco) não tiveram redução na cota, os médios e a Federação também não, e quem paga a conta são os pequenos. Essa conta não deve ser cobrada do Flamengo, e sim dos outros clubes e da Federação que não fez uma redução proporcional", disse Bandeira de Mello.
Se o Flamengo, sem a assinatura via Ferj, deixa de ganhar R$ 15 milhões - apesar de ser responsável por R$ 30 milhões da cota total, segundo o presidente do clube -, as equipes que não garantirem vaga na Taça Guanabara terão mais da metade de suas quantia reduzidas. O valor, que seria de R$ 800 mil, vai cair para R$ 360 mil. America e Friburguense, que estavam na elite em 2016 e, em um primeiro momento, teriam direito de receber R$ 300 mil, não terão ganhos com as cotas. O subsídio das séries B1 e B2 (antigas B e C, respectivamente) também será inviabilizado.
Ainda segundo Bandeira, uma conversa envolvendo Flamengo e Federação. "Não existe perspectiva de reunião (com a Ferj). O Flamengo usou seu direito de recusar o contrato, que os outros clubes assinaram através da Ferj. O Flamengo e está negociando diretamente com a televisão, e se vier a assinar alguma coisa, será em contrato diretamente com a televisão. Aí vamos discutir valores, condições. Com relação às demandas que temos com a Ferj, de transparência, de acesso aos recursos de comercialização das placas, estamos buscando na Justiça, pois é o direito de qualquer cidadão ou instituição que busque defender seus direitos", concluiu o presidente do Flamengo.
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